quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Como estão os meus óculos?

Ainda na livraria...
Outro capítulo que despertou novos interesses em mim foi o uso de óculos e as sugestões que este uso suscita.
Segundo a autora, se você quiser ser mais respeitado como profissional sério, exigente e inteligente deve optar pelas armações finas e metálicas; as mais grossas e coloridas espelham em seu semblante mais alegria e despojamento diante da vida.
Recentemente ouvi notícias de pesquisas “por aí” que, caso apareça usando óculos em uma entrevista de emprego, você teria mais chances que outros candidatos desprovidos de óculos. A minha pergunta é: Em uma entrevista de emprego em que o sujeito é avaliado mediante um simples diálogo, caso lhe fosse perguntado: o que o faz querer trabalhar conosco? Sua resposta seria: -Vocês gostam de me ver de óculos; ou então: Em seu último emprego quais foram as suas realizações mais importantes: -Tirei e coloquei meus óculos com muita elegância e charme; ou mesmo: O que mais o irrita no ambiente de trabalho? -A mudança de humor que provoco nos colegas quando troco as armações dos meus óculos; e ainda: Por que você escolheu esta profissão? - Meus óculos combinam com o capacete e a trena.
A supervalorização de qualquer objeto atrapalha o candidato e o pesquisador. O tema escolhido pela autora não deixa de ser interessante, mas, parcimônia. O uso de objetos pode causar certas alterações em nossas colocações e nas impressões que outras pessoas venham a ter de nós. Por exemplo, podemos ficar mais receptivas na visão das pessoas com as quais conversamos. Concordo com a autora quando esta afirma que ao tirarmos os óculos podemos ser percebidos como mais receptivos e quando os pomos na face, intui-se que iniciaremos a falar de modo que ouçam. Pequenos gestos podem fazer toda a diferença. Contudo, pensemos naquelas pessoas com alto grau de miopia. Aquelas que até se esquecem de tirar os óculos para tomar banho! Mesmo não sendo tímidas, muitas delas podem ter dificuldades para falar, ouvir, tirando e recolocando os seus óculos. Não por isso devem ser tachadas como arrogantes. Outros se sentem nus sem seus óculos, tamanho é o costume; para estes os óculos já são parte indiferenciada de seu rosto. Portanto, cuidado redobrado ao tentar desvendar os segredos da relação óculos-sujeito. Volto ao tema com minhas especulações de análises.