quarta-feira, 30 de março de 2011

As máscaras nossas de cada dia







A continuidade civilizatória exige dos profissionais que lidam com o humano a busca contínua por esclarecimentos sobre os aspectos que podem estar correlacionados a prática do mentir, e como tais, virem a exteriorizar indicadores de mentira no comportamento do sujeito - o qual, inúmeras vezes, falta com a verdade – capazes de serem percebidos por seus expectadores treinados.
Profissionais como psicólogos, advogados, professores, médicos, policiais trazem em suas vivências experiências com sujeitos capazes de forjar situações (seja para obter algum tipo de benefício, transferir sua culpa para outro sujeito, ser vítima de sua própria obsessão ou psicopatia) necessitam estar a par dos avanços promovidos pela quinésica, a fim de poderem com isso melhorar suas chances de êxito profissional, minimizando os erros de interpretações da leitura verbal em consonância com a linguagem não verbal de seus clientes, jurados, detentos dentre outros.
O estudo da linguagem não-verbal vem sendo promovido em seminários, palestras voltadas para as áreas da saúde, jurídica e nos mais diversos âmbitos como no escolar, no empresarial e midiático; assim, o que antes era apenas uma questão isolada, ganha status de Ciência com direito a delimitação de campo de estudo por autores respeitados (em sua maioria estrangeiros) e estudiosos interessados em se especializarem nessa nova área.
Pensava-se que a problemática do lidar com a falta de confiança nas pessoas com as quais se trabalhava era uma questão que merecia ser controlada apenas por profissionais necessitados de estar às voltas do comportamento de seus clientes. Dentre esses profissionais estão os advogados, por exemplo, por dependerem da compreensão dos relatos de seus clientes para melhor lhe dar assistência. Contudo, a atualidade exige que os sujeitos de praticamente todas as áreas aprendam a julgar tudo o que é expresso por seus ouvintes; quer no quesito familiar, quer no profissional ou mesmo romântico. Isso porque cada vez mais está se fazendo necessário compreender e a tudo aquilo que é manifestado nas entrelinhas das condutas dos sujeitos, ou seja, aquilo que está latente, mas nem por isso deixa de estar sujeito a emergir.
Para que o processo do perceber e interpretar a linguagem corporal aconteça, algumas teorias foram forjadas com o objetivo de auxiliar o sujeito no julgamento daqueles que se colocam.
Um conjunto de técnicas construídas por meio da observação sistemática está sendo aprimorado e é por meio delas que se pretende elucidar os indicadores da falta de verdade evidenciados pela linguagem corporal dos sujeitos.
A linguagem corporal atua como fator indispensável no processo de interpretação da comunicação dos indivíduos, representando um papel decisivo de reforçador da intenção que se quer transmitir, porém, ela pode fazer o próprio falante confundir-se em meio aos argumentos defendidos.
Assim, a linguagem corporal tem o papel de fazer persuadir ou não aquele a quem é transmitida a informação. Porém, quando a linguagem corpórea não consegue se adequar as próprias intenções, o sujeito fica passível de ser desmascarado. Caso isso aconteça, as suas verdades passam a ser questionadas pelo ouvinte que pode acreditar ou não em suas sentenças.
A seguir serão apresentados os problemas que se tem ao lidar com o estudo do processo do mentir, suas definições levantadas por importantes teóricos Como Derrida, Ekman, casal Pease, Rector, dentre outros e suas respectivas argumentações referentes à mentira.
Serão levantados aspectos sobre a gênese das interpretações que levam a percepção da mentira, suas prováveis causas e conseqüências.
Serão explicitadas ainda as influências advindas do meio cultural e social, desempenhando também um papel importante na construção das máscaras ostentadas (involuntariamente ou não) pelos sujeitos que as moldam consoante suas intenções.
Ao longo dos anos foram imputados vários discursos a respeito do que viria a ser a mentira. Objeto de profundas divagações entre filósofos, psicólogos, sociólogos, antropólogos, neurobiólogos, ocupavam-se de questões que circundam o processo do mentir. Muitas observações passaram a ganhar um plano meritório no campo do saber e isso, também pela dificuldade que se tem em conceituar, discorrer, bem como encontrar supostas explicações que esclareçam as vicissitudes do comportamento do ser humano quando o mesmo tenciona mentir.
Pode-se não admitir a idéia de um mundo verdadeiro justamente por não encontrar nele um limiar entre aquilo que é tomado como verdade e o que se percebe como mentira; tomar-se-ia a mentira, não como um fato “filtrado”, mas como um ato intencional tradutor da idéia de um dizer, de um querer dizer e de um não querer dizer.
Derrida em, a Estória da mentira, trás uma noção de mentira enfatizada por um mentir que seria “dirigir a outrem (pois não se mente senão ao outro) um ou mais de um enunciado cujo mentiroso sabe, em consciência explícita, temática, atual que eles formam asserções total ou parcialmente falsas”. É bem verdade, a mentira depende daquilo que se almeja falsear intencionalmente. Dessa maneira e em qualquer tempo, os atos são julgados conforme as intenções.
Para mentir, de acordo com muitos estudiosos, o indivíduo deve conhecer a sua verdade e, sabendo-a, procurar distorcê-la voluntariamente, objetivando com isso, enganar o outro sujeito. Assim, diz-se que o sujeito ao atuar em papeis enquanto mentiroso engana ao outro, mas não a si mesmo.
Há que se considerar que o sujeito pode dizer a verdade com o intuito de mentir. O contrário também pode acontecer e eventualmente não mentir embora diga o falso. À guisa de esclarecimento deste último caso, basta pensar no indivíduo crente em sua afirmação, ignorando, porém, que o que por ele é tomado como crença não é igualmente fato verdadeiro para outros.
Todos, indiscriminadamente, mentem. Sendo adepto do primeiro ou do segundo caso. Mesmo as pessoas de muito boa índole procuram - por exemplo - constantemente desculpas para atitudes que muitos outros poderiam julgar obsoletas. A própria racionalização pode muitas vezes adquirir uma roupagem de mentira para proteger nosso psiquismo do caos. Segundo pesquisadores, os maiores mentirosos são pessoas com um maior número de contatos sociais tais como: comerciantes, jornalistas.
Ekman (2001) divide a mentira em dois tipos: falseamento e omissão. No primeiro caso, uma informação que o mentiroso acredita ser falsa é afirmada por ele como verdadeira e no segundo caso, a informação que se espera ser revelada é omitida sendo para isso auxiliada por inúmeros floreios responsáveis pela camuflagem da verdade; tal situação é considerada mentira quando este tem o intuito de enganar.
A mentira pode ser contada por “n” razões, como por exemplo, para alavancar a auto-exposição do sujeito, minimizar represálias, conseguir benefícios através do logro, ou mesmo proteger um sentimento.
Frequentemente a mentira recebe uma conotação negativa advinda da construção social. Autores crêem que a prática do mentir não deve ser considerada um “disruptor da vida social”, convertendo-se em algo danoso aos seus respectivos alvos. A mentira pelo contrário poderia ser considerada como um regulador das interações humanas, sendo, portanto, necessária para evitar tensões, frustrações, desamparos e, minimizar com isso, toda uma gama de conflitos (De Paulo et al, 1996; Walters, 2005). Essas mentiras são chamadas pelo autor de mentiras brancas, as quais são diferentes das mentiras prejudiciais, contadas no contexto criminal, por exemplo.
Skiner, em sua obra, Comportamento verbal, segundo a qual “uma resposta é emitida sob circunstâncias que normalmente controlam uma resposta incompatível” (pág. 19) é tida como mentira. Desta forma, o ato de mentir parece estar ligado a um fator reforçador dito composto, que no caso seria uma conseqüência reforçadora imediata a qual coloca o ouvinte num estado de privação de informações verdadeiras e impedimento do acesso a informações erradas; ter-se-ia uma conseqüência “positiva” que seria o caso do ouvinte ser enganado, acreditando, portanto, no mentiroso.

Percepção da mentira

Pesquisas mostram indícios observáveis que podem servir como indicadores de mentiras. Os “detectores” de mentira, porém, pecam por tenderem a considerar que a maior parte dos sujeitos examinados fala a verdade (Feeley & Young, 1998; Vrij, 2005). Quanto mais o mentiroso se mostra motivado, mais ele tenta controlar sua comunicação, assim, seu comportamento vai se tornando pouco natural, fazendo com que conseqüentemente a “detecção” da mentira seja mais fácil, posto que o “denunciamento” ocorrerá também graças aos esforços mecanizados do mentiroso numa tentativa de oculta-los.
A percepção de mentiras bem sucedida deve levar em conta a ocorrência de sinais de mentira (gestos, posturas, traços comportamentais, entonação de voz etc.), bem como a habilidade do observador de identificar e interpretar devidamente cada sinal, contextualizado-o de modo isolado e conjuntamente .
Determinados gestos arraigados à forma de se comportar do sujeito já foram prescritos pela ciência como indícios de mentira, sendo que a explicação para isso está centrada no cérebro; certos processos mentais terminam entrando em contradição com o resto do corpo. Em conseqüência, quando o sujeito insiste em dizer algo diferente daquilo que acredita ser a verdade, acontece este choque entre seu corpo e suas crenças.
Ekman (2001) afirma que um dos principais meios pelo qual a mentira pode “escapar” é através da expressão das emoções a elas correlacionadas. Segundo o autor, três tipos de emoções geralmente acompanham a mentira podendo inclusive denunciar sua ocorrência. São elas: o medo (de ser pego mentindo), a culpa (por ter mentindo) e/ou o prazer (de estar enganando um ouvinte). Estas emoções podem não estar presentes na ocorrência da mentira, mas podem ocorrer em conjunto ou de forma isolada; quanto maior sua intensidade, maiores serão as alterações no comportamento do mentiroso.
Analisando o desempenho do que mente, comportamentos e sentimentos de culpa, medo, receio, surgem como conseqüências características da punição motivadas pela moralidade que se adquire socialmente.
Estudiosos apontam que ao se observar o comportamento dos sujeitos quando mentem, as mudanças no nível de tensão, bem como o relaxamento que os analisados apresentam pode ajudar a diferenciar uma fala enganosa de uma fala sincera.
Ao mentir, os sujeitos ficam mais nervosos, justificam-se mais, tornam-se incoerentes e os seus discursos ganham um maior número de pausas. A gagueira pode aparecer junto com uma subida mudança de postura provocada também pela falta de domínio ocular do sujeito. Tais sinais devem dar informações que venham a auxiliar na percepção da mentira ou da verdade em questão.
Há uma teoria sobre o crer a qual prega que existe uma vigorosa tendência do ouvinte acreditar de início no que diz o falante e, apenas posteriormente avaliar de um modo mais crítico os argumentos expostos. Sugere-se que as informações tendem a ser tomadas como verdadeiras a não ser que o percebedor seja levado (por quem sabe algum sinal de mentira) a questionar a veracidade dos fatos.

A Linguagem corporal

Tenenbaum (1993, p. 2) afirma que o corpo é “[...] muitas vezes instrumento de expressão da vida emocional de seu/sua dono/dona”.
Sabe-se que as várias possibilidades de manifestação da mente conseguem ser expressas através de atos motores. O ser humano termina por denunciar suas intenções e necessidades por meio de atos espontâneos ou não que muitas vezes se passam despercebidos por aquele que o executa.
Segundo Feyereisen e Lannoy (1996), os movimentos corpóreos desempenham um importante papel na comunicação e consequentemente nos nossos relacionamentos sociais por exprimirem uma parte de nós que pode ser percebida por outras pessoas.
Os movimentos do nosso corpo são muitas vezes inconscientes, mesmo assim, eles têm significado para outras pessoas.
A linguagem corporal é tão importante na comunicação humana que, segundo Birdwhistell (1985 apud SILVA et al., 2000, p. 52), “[...] apenas 35% do significado social de qualquer interação corresponde às palavras pronunciadas, pois o homem é um ser multissensorial que, de vez em quando, verbaliza”. Pesquisadores ainda ressaltam que “As palavras representam 7% na nossa comunicação. O tom de voz por sua vez representa 38% e a linguagem corporal 55%.
Estes três meios de comunicação formam o “Circulo da Comunicação”’. Assim, percebe-se que nos comunicamos bem mais com o nosso corpo do que com o nosso tom de voz.
A comunicação corporal pode ser traiçoeira, sobretudo quando se mente ou quando se diz algo que, na verdade, não acreditamos. «A verdade está precisamente nos gestos involuntários do rosto e do corpo, que reflectem aspectos da personalidade, manifestam emoções e pensamentos.» (Casal Pease, Desvendando os segredos da linguagem corporal).
As partes do corpo do indivíduo podem vir a comunicar o estado de ânimo do sujeito, as atitudes que a pessoa deseja espelhar, sua personalidade. Porém, a falta de coerência ou mesmo de verdade que o sujeito oferece em seu discurso pode “entregá-lo como mentiroso”.
A postura expressa a maneira como as pessoas se relacionam entre si. Movimentos da cabeça, dos olhos, das mãos podem evidenciar muitas das convicções inconscientes sustentadas pelo dono dos movimentos.
As contradições manifestadas por meio da linguagem corporal são excelentes indicadores de mentira, tais contradições podem vir à tona por meio de sinais que são vistos por estudiosos como índices de mentira. Eis alguns deles:

-Volver os olhos para outra direção quando se é questionado;
-Piscar rapidamente
-Volta-se para trás bruscamente;
-Respirar mais rapidamente que o normal;
-Não existência de sincronismo entre gestos e palavras;
-Movimentos mecanizados com encolhimento do corpo;
-Utilização das palavras do questionador para afirmar seus próprios pontos de vista;
-Ruborização e sudorese acentuadas;
-Voz falhada
- Engolir secamente;
-Pedir que a pergunta seja repetida;

Pode-se atentar para o fato de que no mais das vezes, não é o que dizemos, mas o como dizemos é que afeta as relações. Munindo-se das expressões corporais, podemos nos comunicar com os outros e causar as mais diversas impressões. Pode-se, portanto, utilizar a observação sistemática e sua prática como técnica que auxilie no desvendamento das expressões do corpo e suas variações.

Raízes culturais e sociais

Para Barros (1998, p. 37) “[...] o movimento e o pensamento são integrados ao trabalho global do corpo, atuando como meio de relação e comunicação através de gestos e movimentos em total integração do indivíduo com o meio”.
O processo de comunicação se desenvolve mediante duas funções: a verbal e a não-verbal que se interrelacionam; assim, fala-se voluntariamente graças ao aparelho fonador e ao participar de uma interação social, a expressão acontece com todo o corpo.
Cada cultura apresenta seu conjunto de códigos verbais e não verbais. A linguagem pode ser representada por palavras, gestos, olhares, posturas. De resto, a forma de comunicação mais preponderante em nosso histórico biológico é a linguagem não-verbal, pois de acordo com especialistas, ela é a representação natural. Ocorre que essa representação é instintiva, podendo acontecer contradições entre a comunicação pensada e aquela que é dita por palavras.
Nossos gestos se desenvolvem tão rapidamente que são capazes de denunciar, ainda que não o queiramos, nossas vontades, desejos profundos, sentimentos. Esses incidentes acontecem frente às expectativas dos julgamentos sociais de um grupo. Esboçando-se dessa forma, um comportamento que se controla a todo instante. Nesse momento se enfrenta um conflito emocional entre as manifestações do corpo e o aprendizado pregado pela boa conduta social.
O sujeito, ao mesmo tempo em que movimenta o seu corpo, procura se harmonizar com os padrões comportamentais incitados pela sociedade. Esses conflitos remontam da infância do sujeito, uma vez que a criança tem necessidade de ser percebida, ouvida e por fim aprovada em seu discurso pelo ouvinte que a avalia e a sua comunicação. Caso a criança seja reprimida ao se manifestar, o seu corpo grita diante dos obstáculos que se impõem a ela, sendo “esta resposta corporal a maior busca do relaxamento”. (GIRARD; CHALVIN, 2001). Partindo desse princípio podemos dizer que as crianças apreendem o mundo através do corpo e das emoções que originam seus movimentos. Ao passar por seu processo de desenvolvimento em meio as suas vivências, o corpo é a principal testemunha das ações humanas, registrando cada nova experiência de vida, acostumando-se também a elas
Segundo Rector e Trinta (1999, pág 21) [...] “O homem é um ser em movimento e, ao mover-se, põe em funcionamento formas de expressão completa e complexa, que são, de resto, socialmente partilhadas, a exemplo das formas da língua. Portanto, ao exprimir-se com o seu corpo, ele o faz de maneira tão clara, que não há mais como desdizer-se ou voltar atrás”.
É por meio do corpo que o homem, desde tenra idade e independente de dimensões físicas se comunica com o mundo a fim de dominar seu espaço.
Darwin (2000) afirma que os movimentos expressivos são [...] o primeiro meio de comunicação entre a mãe e seu bebê; sorrindo ela encoraja seu filho quando está no bom caminho; senão, ela franze o semblante em sinal de desaprovação. Nós facilmente percebemos simpatia nos outros por sua expressão; [...] Os movimentos expressivos conferem vivacidade e energia às nossas palavras. Eles revelam os pensamentos e as intenções alheias melhor do que as palavras, que podem ser falsas.
À força da defesa de zonas pessoais, tem-se optado pelo uso de variadas máscaras com as quais se almeja controlar expressões de nosso corpo para que o mesmo não revele mensagens reveladoras que hora se quer ocultar.
A linguagem pode incluir muitos movimentos involuntárias não passíveis de serem controlados como transpiração, leves tremores e um conjunto de gestos diminutos encarados como uma linguagem paralela que não é traduzida por palavras, mas podem ser expressos por um rubor de faces, um breve sorriso que amalgamado a outros sinais pode revelar situações incômodas para quem as sentem.
Uma parte das máscaras pode ser adquirida culturalmente, como se sabe, e outra parte pode ser ensinada por meio de normas e condutas que costumam estabelecer o que se convém fazer ou não no que toca a linguagem corporal.
À medida que a criança se aproxima da idade adulta essa máscara se desenvolve, torna-se um instrumento de repressão mais aperfeiçoado com o fim de proteger o gesticulador, entretanto o uso delas podem trazer complicações para seu dono quando este decide usá-las para enganar o outro.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, D. O corpo expressivo. In: VARGAS, A. (Org.). Reflexões sobre o corpo. Rio
de Janeiro: Sprint, 1988.

GIRARD, V.; CHALVIN, M. J. Um corpo para compreender e aprender. São Paulo:
Edições Loyola, 2001.

RECTOR, M.; TRINTA, A. R. Comunicação do corpo. São Paulo: Ática, 1999.

WEIL, P.; TOMPAKOW, R. O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não-
verbal. 55. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

DAVIS,F. A comunicação não-verbal. São Paulo: Summus, 1979.
DePaulo, B, Kashy, D., Kirkendol, S., Wyer, M. & Epstein, J.

(1996). Lying in everyday life. Journal of Personality and

Social Psychology, 70, 979-995.